quarta-feira, outubro 08, 2008

Fim de um ciclo

se perguntarem por mim digam que fui em busca de outros ventos.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Não entrem em pânico..

..já voltei! :)

a viagem foi muito boa, muito intensa, tenho muitas coisas para contar, mas parece-me que preciso de um dia inteiro para o fazer!

em uma semana passámos por tanger,fes, meknes, marraquexe, zagora, e ainda sentimos um cheirinho do sahara. andámos muito de comboio, às vezes de petit taxi, e ainda menos de camelo (felizmente), fartámo-nos de comer cuscus e tagines, conhecemos algumas pessoas, vimos encantadores de serpentes, quase que participámos no ramadão, jogámos imensas cartas, fizemos as nossas compras, bebemos muitos sumos de laranja (em marrocos estão em todo o lado e são M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S), tocámos tambor e aprendemos músicas muçulmanas, passeámos no meio das medinas e dos souks, vimos muita gente, sentimo cheiros novos... estranho foi de repente regressar à rotina diária, quase como se nada se tivesse passado naquela semana, com tanta coisa ainda por absorver...

domingo, setembro 21, 2008

Vou ali, venho já...

Entretanto, se quiserem, podem tentar encontrar-me aqui:

quarta-feira, setembro 17, 2008

Uma viagem de táxi ou a alegria de viver

Esta música ["Sultans of Swing"] faz-me lembrar os filmes de cowboys de quando era novo. Às vezes sou assim. Recordo-me da minha infância. Sou uma pessoa alegre. Apesar dos meus 76(ou serão 78?) anos, sou uma pessoa alegre. Em minha casa há sempre muita alegria. Não tenho vícios. Não fumo nem bebo alcoól. Gosto de jogar. O casino foi a minha ruína. Tinha uma boa mulher, mas ela pediu o divórcio e eu tive que lho dar por causa do jogo. Tinha uma boa vida. Ganhava bem, mas o jogo estragou-me a vida. Tinha uma mulher espectacular. Quando digo aos meus amigos que perdi a minha mulher no jogo, eles pensam que foi numa aposta ou em alguma coisa assim. Mas não. Foi porque eu passava as noites a jogar. E perdi muito dinheiro. Agora estou aqui. Tinha a minha garagem. Fazia bom dinheiro. Vendi tudo. Agora trabalho por conta de outrem. Há 20 anos que conduzo um táxi. Conduzo sempre de noite. Eu e o meu patrão. Ele conduz o táxi de dia e eu de noite. Nunca tive problemas. Há 20 anos que aqui ando. Pode-se dizer que tenho um bocado de sorte. Eu sei que tenho alguma sorte. Deus protegeu-me de muitas coisas. Às vezes digo aos clientes para fugirem, quando não têm dinheiro. Digo "Podem ir, mas corram, que é para eu preencher na ficha a dizer que fugiram". Não vou atrás deles porque não é o meu feitio. Eles ficam a olhar para mim, às vezes espantados. E eu - "Corram!". Já passei muitas dificuldades. Quando era novo vivia numa barraca ali perto do Alto de São João. A menina conhece? Não gostava nada de ir à escola. Cantava "chove, chove, galinha a nove". Andava na mocidade portuguesa. Tínhamos de andar todos de farda, bem arranjadinhos. Havia umas pessoas que nos davam uma sopa e um quarto de pão por sermos mais pobres. Eu comia a sopa e levava o pão para a aula. Comia na sala, para o meu professor me ver. Ele via-me e dizia "O menino vá para o corredor"! E eu ia! Ia todo contente! Porque era isso que eu queria! E no Natal.. Recebíamos um saco com broas e favas e era uma alegria. Não era como hoje em dia. As minhas filhas têm sorte. Hoje em dia os miúdos recebem um boneco e nem querem saber dele. Antigamente era uma fortuna! Ainda me lembro da boneca de cartão que dei à minha filha. Ela ficou toda contente. Mas decidiu ir dar-lhe um banho. E lá se foi a boneca. O que ela chorou! Hoje em dia não é assim. Mas é verdade, nós, os pais, fazemos tudo pelos nossos filhos. As minhas filhas têm muita sorte. Há muita alegria em minha casa, com o meu segundo casamento. É aqui? Pronto, agora a menina vá descansar. Boa noite. obrigado. Boa noite! Muitas felicidades para si.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Será uma espécie de castigo?

Portugal “simbolicamente” na Geórgia

Afinal, Portugal sempre poderá entrar na força europeia que vai para a Geórgia, com a participação “simbólica” de dois ou três polícias.

domingo, setembro 14, 2008

Qual o melhor vídeo?




Mais informações aqui.
Estava indecisa entre o terceiro e este, mas este foi o único que me arrepiou mal o vi...

quarta-feira, setembro 10, 2008

É verdade.. ainda cá estamos!


Nos últimos dias falou-se, mais uma vez, na possibilidade de o mundo acabar de repente. Desta vez, o fim viria por causa de uma experiência que pretende recriar, num ambiente fechado, o início do universo.

Cá para mim, não vale a pena entrarmos em pânico por coisas destas. Afinal, o mundo não acabou com George W. Bush a comandar o "país das oportunidades" e, aparentemente, ainda estamos cá todos (menos uns iraquianos e afegãos, coisa pouca, "casualties")... (epah isto de falar mal dos Estados Unidos é fácil demais.. mas pronto, não foi por isso que decidi escrever agora)

Notícias como esta (da tal experiência científica), fazem despertar em mim o "bichinho da ciência". Eu sei, eu sei, eu vim de letras, supostamente deveria ODIAR matemáticas e essas coisas todas que se explicam através de fórmulas. Mas não, a verdade é que qualquer um dos dois mundos (Letras & Ciências - tomei a liberdade de fazer esta divisão bastante alargada das áreas do conhecimento) me fascina.

De um lado está a possibilidade de explicar o mundo, os fenómenos da natureza através da lógica, das tais fórmulas, de tentar percebê-lo melhor e, de certa forma também, de o manipular de maneira a tirarmos o melhor proveito do que nos rodeia (claro, isto implica também a questão da ética e dos limites das nossas liberdades e blabla, mas isso é OUTRA questão). Do outro lado está a possibilidade de comunicar com os outros, de trocarmos ideias, pensamentos, de apelar à imaginação e ao sentimento.

Duas perspectivas aliciantes. Na altura de escolher, escolhi Letras. E não me arrependi. Na altura confesso que o mundo das palavras se apresentava como um desafio maior para mim. E continua a ser. Não querendo menosprezar o lado da ciência, que, repito, me fascina. Continuarei sempre (apesar de esta me parecer uma palavra muito forte, acho que uma pessoa não muda assim tanto..) a seguir com muita curiosidade os avanços da ciência, mas, para já, vou navegando e tentando encontrar o meu caminho no meio das palavras (e não só).