
Nos últimos dias falou-se, mais uma vez, na possibilidade de o mundo acabar de repente. Desta vez, o fim viria por causa de uma experiência que pretende recriar, num ambiente fechado, o início do universo.
Cá para mim, não vale a pena entrarmos em pânico por coisas destas. Afinal, o mundo não acabou com George W. Bush a comandar o "país das oportunidades" e, aparentemente, ainda estamos cá todos (menos uns iraquianos e afegãos, coisa pouca, "casualties")... (epah isto de falar mal dos Estados Unidos é fácil demais.. mas pronto, não foi por isso que decidi escrever agora)
Notícias como esta (da tal experiência científica), fazem despertar em mim o "bichinho da ciência". Eu sei, eu sei, eu vim de letras, supostamente deveria ODIAR matemáticas e essas coisas todas que se explicam através de fórmulas. Mas não, a verdade é que qualquer um dos dois mundos (Letras & Ciências - tomei a liberdade de fazer esta divisão bastante alargada das áreas do conhecimento) me fascina.
De um lado está a possibilidade de explicar o mundo, os fenómenos da natureza através da lógica, das tais fórmulas, de tentar percebê-lo melhor e, de certa forma também, de o manipular de maneira a tirarmos o melhor proveito do que nos rodeia (claro, isto implica também a questão da ética e dos limites das nossas liberdades e blabla, mas isso é OUTRA questão). Do outro lado está a possibilidade de comunicar com os outros, de trocarmos ideias, pensamentos, de apelar à imaginação e ao sentimento.
Duas perspectivas aliciantes. Na altura de escolher, escolhi Letras. E não me arrependi. Na altura confesso que o mundo das palavras se apresentava como um desafio maior para mim. E continua a ser. Não querendo menosprezar o lado da ciência, que, repito, me fascina. Continuarei sempre (apesar de esta me parecer uma palavra muito forte, acho que uma pessoa não muda assim tanto..) a seguir com muita curiosidade os avanços da ciência, mas, para já, vou navegando e tentando encontrar o meu caminho no meio das palavras (e não só).