Agora a questão é a de fazer a lei. E agora é que começamos a ver como é que as coisas realmente são. Antes do referendo, a questão era meramente "social", "apartidária", cada um tinha o direito de seguir a sua própria consciência, apesar das suas afeições partidárias. Juntaram-se todos para defender uma causa maior, que está para além dos partidos, algo em que eles não deveriam interferir. Mas logo na noite do referendo se notou que esta campanha de "todos juntos para um mundo melhor" não se tratava de mais do que uma amizade de ocasião. Logo nessa noite cada partido enviou a sua mensagem em relação aos resultados do aborto..uma questão "apartidária".
Agora que foi apresentada a proposta de lei em relação ao aborto, mais uma vez esta não deixou de ser uma questão de partidos e muitos podem queixar-se de ter estado juntos na mesma luta, e de terem sido postos de lado assim que foi anunciada a vitória. Excelente sentido de oportunidade.
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
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3 comentários:
Teresa, o facto de alguém estar de acordo que o aborto não seja crime, não implica que esteja de acordo com todas as outras coisas que propõe em relação a isso. Claro que alguém estar numa luta juntamente com outra pessoa não implica estarem sempre de acordo.
paulo, isso é óbvio. mas o que eu critico não é o estarem em acordo ou não para fazer a lei. é que os que ficaram de fora nesta "parte" nem sequer foram consultados.
alguns partidos uniram-se para debater uma lei e deixaram de fora outras pessoas de outros partidos que também eram a favor dessa lei.
Pois... mas em relação a isso, é algo que se verifica sempre em política partidária... Só nos interessa os que precisamos para fazer passar a lei em parlamento.
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